segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A afetividade: paixão, amor e amizade (parte I)





    Na linguagem comum, quando dizemos que alguém é afetuoso, estamos nos referindo à expressão de emoções e sentimentos positivos como a bondade e a ternura, que costumam permear as relações entre parentes, amigos e amantes. É nesse sentido que falamos também em necessidade de afeto ou carência afetiva, decorrentes dos anseios humanos de sermos amados.
   
PAIXÃO

    Por que falar de amor e paixão? Não basta amar e viver a paixão? A resposta é não. Em qualquer idade, o amor, a paixão entre duas pessoas é algo maravilhoso, mas quanto mais conhecermos a estrutura desses sentimentos e das emoções que lhes são relacionadas, melhor poderemos vivê-los, tanto na adolescência quanto em outros momentos da vida. Entretanto, não nos apaixonamos em qualquer momento da vida. É preciso estarmos disponíveis, predispostos a nos apaixonar, a romper com o passado e a colocar em questão a nossa vida, buscando outras respostas. Por isso, apaixonamo-nos com maior facilidade durante a adolescência.
     
AMOR
 
    O amor, segundo o filósofo brasileiro contemporâneo Hilton Japiassú, é o sentimento de inclinação ou atração que liga os seres humanos uns aos outros, a Deus e ao mundo, mas também o ser humano a si mesmo. Ás vezes, em continuação à paixão, ou independentemente dela, surge o amor. O amor é um sentimento de tranquilidade, de ternura, de reconhecimento das boas qualidades do outro e de aceitação de seu modo de ser, inclusive do que podemos considerar “defeitos”. Nesse sentido, o amor se assemelha à amizade e se distingue da simples atração física, do sexo impessoal, que não envolve afeto. Dura mais que a paixão, porque se desenvolve fora das situações extraordinárias, dentro dos limites da vida cotidiana. Esse é o seu espaço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário